Existem complicações médicas na associação entre doença renal crônica e gravidez
A doença renal crônica é caracterizada pela diminuição lenta e progressiva da filtragem de resíduos metabólicos do sangue pelos rins. Esse processo pode durar meses ou ainda anos até chegar à insuficiência renal. Em muitos casos, ela é diagnosticada por exame de sangue sem apresentar sintomas.
Os rins desempenham funções importantes para o corpo, como a remoção de resíduos e excesso de água, o controle da pressão arterial e a produção de hormônios. Por isso, surge a dúvida sobre a associação entre doença renal crônica e gravidez, se é possível engravidar e quais os riscos.
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Qual é o impacto da doença renal crônica na fertilidade feminina?
As alterações hormonais provocadas por essa condição podem resultar em irregularidades menstruais, ausência de ovulação e diminuição da fertilidade. Dessa forma, existe uma relação entre doença renal crônica e gravidez, em que a fertilidade diminui à medida que a enfermidade avança.
Como a doença renal crônica é gradativa, ou seja, piora com o tempo, a mulher deve considerar engravidar na fase inicial. É recomendado conversar com o especialista sobre o melhor momento para a gravidez e quais os potenciais riscos antes de tomar a decisão.
É possível engravidar com doença renal crônica?
Embora a doença renal crônica não impossibilite a gravidez, a progressão dela reduz a taxa de fertilidade. Ainda assim, é possível engravidar. Como nas fases iniciais do distúrbio não costumam aparecer sintomas, algumas mulheres podem receber o diagnóstico da doença após a descoberta da gravidez.
Com a junção entre doença renal crônica e gravidez, é importante considerar que existe a possibilidade de o bebê adquirir a enfermidade de forma hereditária, como no caso da doença renal policística.
Em mulheres com doença renal crônica avançada, a chance é maior de o bebê nascer prematuro ou mesmo nascer com peso e tamanho inferior ao ideal. Em fases iniciais, o desenvolvimento do bebê costuma ficar dentro dos padrões.
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Quais cuidados tomar no pré-natal para mulheres com DRC?
Durante o pré-natal, a mulher deve manter consultas com diferentes especialidades para acompanhar a doença renal crônica e gravidez. Assim, o médico nefrologista, que cuida do sistema urinário, e o obstetra devem ser consultados mensalmente. Em gravidezes avançadas ou casos graves, semanalmente.
A paciente com o quadro de doença renal crônica e gravidez precisa de monitoramento constante, incluindo:
- A medição da pressão arterial diariamente em casa;
- Realização de exames de urina e de sangue com o objetivo de verificar a função renal e qualquer alteração;
- Ultrassons para acompanhar o crescimento e desenvolvimento do bebê.
Outro desafio no cuidado da doença renal crônica e gravidez é a medicação, que deve ser ajustada conforme as necessidades da paciente durante a gestação, sem atrapalhar o desenvolvimento do feto.
Quais são os riscos da DRC para uma mulher grávida?
A doença renal crônica amplia os riscos da gestação. As complicações aumentam dependendo do grau de insuficiência renal e da pré-existência de outras comorbidades, como diabetes e hipertensão. Entre os problemas que ela pode ocasionar, estão:
- Hipertensão;
- Pré-eclâmpsia;
- Limitação do crescimento do feto;
- Parto prematuro;
- Perda gestacional.
O parto normal não é vetado por causa da doença renal crônica, mas pode ser evitado por alguma dessas complicações. O pós-parto não costuma ter restrições, podendo amamentar normalmente na maioria dos casos. O pediatra deve estar ciente sobre as medicações para preservar a saúde do bebê.
Por isso, mesmo que não seja impossível engravidar, a combinação de doença renal crônica e gravidez tende a sobrecarregar o organismo, que precisa de acompanhamento ainda mais atento para proteger a saúde da mãe e do bebê.
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