Conheça os principais fatores que podem levar o homem a perder sua capacidade de ter filhos
Casais que desejam engravidar, mas não conseguem uma gestação após 12 meses mantendo relações sexuais frequentes sem o uso de métodos contraceptivos, podem estar diante de um quadro de infertilidade. Ao investigar as causas que estão gerando a dificuldade, é muito comum começar pela mulher, mas os números mostram que a origem da infertilidade conjugal é igualmente distribuída entre ambos os sexos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a infertilidade masculina é responsável por 40% dos casos de infertilidade do casal, enquanto os outros 40% são motivados por problemas férteis da mulher. O restante tem causas mistas ou desconhecidas.
Sabendo disso, é importante que os homens façam um acompanhamento regular com o urologista desde cedo, pois o diagnóstico precoce pode até prevenir a infertilidade masculina. Entenda mais a seguir!
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Quais são as causas da infertilidade masculina?
Conhecer as causas da infertilidade masculina é o primeiro passo para a prevenção. O homem não tem sua capacidade reprodutiva tão afetada pela idade quanto a mulher, já que continua produzindo espermatozoides ao longo da vida. Mesmo assim, a produção dos gametas masculinos pelos testículos diminui conforme a idade avança, e são alteradas tanto a quantidade como a qualidade dos espermatozoides, que passam a carregar mais alterações genéticas e cromossômicas.
O principal fator que pode deixar os homens inférteis é a varicocele, uma dilatação das veias testiculares que provoca aumento da temperatura na região e afeta a qualidade e quantidade de espermatozoides produzidos. A varicocele é assintomática e surge ainda no período da adolescência, por isso é difícil de ser diagnosticada. Se o homem não tem o hábito de ir ao médico desde cedo, a doença já evoluiu para um quadro mais grave e acaba sendo descoberta quando o casal tem dificuldades para engravidar.
Outros fatores clínicos que podem causar a infertilidade masculina são:
- Causas genéticas determinadas por alterações nos cromossomos;
- Doenças infecciosas como a caxumba, que pode comprometer o sistema reprodutor masculino;
- Doenças congênitas como a criptorquidia, caracterizada pela não descida dos testículos ao escroto, fazendo com que eles fiquem no canal inguinal ou na região do abdômen;
- Fatores hormonais que interferem na produção dos espermatozoides;
- Traumas na região testicular.
Alguns aspectos sociais e hábitos de vida nada saudáveis também podem provocar a infertilidade masculina. Os principais são:
- Tabagismo;
- Ingestão excessiva de álcool;
- Sedentarismo;
- Uso de anabolizantes;
- Consumo de drogas;
- Exposição a produtos químicos industriais.
Diagnóstico da infertilidade masculina
Como mencionado, a infertilidade pode ser identificada quando não há gravidez do casal após um ano de tentativas sem a utilização de qualquer método contraceptivo. Como nem sempre algumas condições que provocam a infertilidade masculina apresentam sintomas, é fundamental a realização regular de exames para identificar qualquer anormalidade que possa afetar a fertilidade do homem.
O diagnóstico é feito com exame físico para verificar possíveis alterações no sistema reprodutor masculino, como assimetria entre os testículos, dilatação das veias testiculares, inchaço da próstata e secreção peniana. Além disso, o diagnóstico é confirmado com alguns exames. Entre eles, estão:
- Espermograma, que avalia a qualidade do fluido seminal;
- Exame de sangue para confirmar se existe alguma inflamação;
- Testes de dosagem hormonal;
- Ultrassonografia testicular e ressonância magnética para verificar obstruções ou presença de tumores;
- Fragmentação do DNA espermático.
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Como é o tratamento?
O tratamento para a infertilidade masculina depende do diagnóstico, sendo individualizado caso a caso. As técnicas de reprodução assistida podem ajudar muitos homens que não conseguiram engravidar suas parceiras de forma natural a, finalmente, realizar o sonho da paternidade.
Uma das técnicas utilizadas é a inseminação intrauterina (IIU), que introduz os espermatozoides diretamente na cavidade uterina durante o período fértil da mulher para que ocorra uma fecundação natural. A IIU é indicada, principalmente, para homens com alterações leves no espermograma, já que ocorre uma preparação para selecionar apenas os espermatozoides saudáveis e de boa mobilidade.
Em casos mais graves de infertilidade masculina, os especialistas em reprodução humana recomendam a fertilização in vitro (FIV) com ICSI — injeção intracitoplasmática de espermatozoides. O procedimento também seleciona os melhores espermatozoides obtidos por meio da masturbação ou retirados diretamente do epidídimo (ou dos testículos, em casos de azoospermia).
Diferentemente da FIV tradicional, em que os espermatozoides fecundam o óvulo de modo natural dentro da proveta, na FIV com ICSI eles são inseridos diretamente no óvulo, o que facilita a fecundação.
É possível prevenir a infertilidade masculina?
A principal forma de prevenção da infertilidade masculina é evitar os fatores de risco que alteram a produção e qualidade do sêmen. Manter um estilo de vida saudável com uma boa alimentação, prática de atividade física regular, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de se proteger contra infecções sexualmente transmissíveis, são algumas das formas de preservar a fertilidade.
Outro hábito importantíssimo de prevenção é o diagnóstico precoce. Por isso, é recomendado que o homem que deseja ter filhos faça um espermograma no início da vida adulta para identificar qualquer alteração que possa vir a comprometer sua fertilidade no futuro, além, é claro, de fazer consultas regulares com o especialista em saúde masculina ao longo da vida.
Quando recorrer a uma clínica de reprodução assistida?
Homens com alterações significativas no sêmen que não obtiveram melhora na produção dos seus espermatozoides por meio de cirurgias ou tratamentos medicamentosos e querem ser pais podem procurar uma clínica de reprodução assistida.
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Fontes:
Organização Mundial de Saúde (OMS)