Infertilidade

A infertilidade pode estar relacionada a fatores presentes no organismo feminino ou masculino, devendo ser investigada por uma clínica especializada

É definida como infertilidade a ausência de gestação após um período de pelo menos 12 meses de tentativas, em que o casal mantém relações sexuais frequentes e sem o uso de qualquer método contraceptivo. Ela pode ser primária (quando não houve gestação anterior) ou secundária (quando ocorreu pelo menos uma gestação anterior).

Em condições normais, um casal que esteja em idade fértil e que mantenha relações sexuais constantes sem uso de contraceptivos apresenta de 15% a 25% de chance de engravidar a cada ciclo menstrual. Essa taxa pode ser diretamente afetada por fatores presentes no organismo feminino ou no organismo masculino, e até mesmo por uma combinação entre ambos, podendo levar à infertilidade.

Quais são as causas da infertilidade?

A dificuldade para engravidar atinge cerca de 15% dos casais, e as causas da infertilidade podem estar relacionadas a alterações no organismo feminino ou masculino. A decisão de constituir uma família tardiamente é, atualmente, uma das principais causas do problema: conforme o corpo envelhece, a tendência é que os gametas femininos e masculinos passem a apresentar menor qualidade, dificultando, assim, a gestação.

No caso das mulheres, o envelhecimento é um fator ainda mais significativo para a infertilidade, uma vez que o organismo feminino já nasce com todos os folículos ovarianos que serão liberados ao longo da vida fértil da mulher. Com o avançar da idade, essas células envelhecem e a reserva ovariana apresenta uma significativa queda, impedindo a ovulação e inviabilizando as chances de engravidar.

Além da idade avançada, são causas comuns de infertilidade feminina:

• Síndrome dos ovários policísticos;
• Endometriose;
• Problemas ovulatórios;
• Alterações no formato do útero;
• Problemas nas tubas uterinas.

No caso de infertilidade masculina, as principais causas incluem:

• Baixa mobilidade espermática;
• Varicocele;
• Alterações nos cromossomos;
• Fatores hormonais;
• Doenças congênitas, como criptorquidia;
• Baixa contagem de espermatozoides;
• Infecções no aparelho reprodutor.

Fatores de risco para infertilidade

Além das causas citadas acima, existem diversos fatores de risco que podem comprometer o funcionamento do organismo de homens e mulheres, e, consequentemente, aumentar as chances de infertilidade. São eles:

• Histórico de infecções sexualmente transmissíveis;
• Distúrbios alimentares;
• Exposição a substâncias tóxicas;
• Obesidade;
• Tabagismo;
• Dieta inadequada.

Sintomas de infertilidade

O principal sintoma da infertilidade é a ausência de gestação após um ano de tentativas. Além disso, a condição pode se caracterizar pela dificuldade em manter uma gestação até o final, com a ocorrência de abortos espontâneos de repetição antes de o feto terminar de se desenvolver.

É importante destacar que infertilidade não é o mesmo que esterilidade, que diz respeito à incapacidade de conceber. A infertilidade é representada pela dificuldade em engravidar, sendo possível encontrar maneiras de aumentar as chances de gestação.

Diagnóstico de infertilidade

A investigação da infertilidade deve ser iniciada após o período de 12 meses de tentativas, sendo conduzida por um médico especializado em reprodução humana assistida. O diagnóstico envolve uma avaliação médica completa que deve abranger o histórico médico do homem e da mulher, além de exames físicos e laboratoriais para avaliar a saúde reprodutiva de ambos. Alguns dos principais exames solicitados são:

• Hemograma;
• Dosagens hormonais;
• Ultrassonografia;
• Espermograma;
• Histerossalpingografia.

Como é o tratamento da infertilidade?

O tratamento da infertilidade depende diretamente de suas causas, podendo ser feito a partir de mudanças nos hábitos de vida, uso de medicamentos que ajudam a regular o ciclo menstrual e até mesmo intervenções cirúrgicas para correção de obstruções ou alterações que podem estar impedindo a concepção. Além disso, a medicina conta com diversas técnicas de reprodução assistida que ajudam a viabilizar uma gestação.

Os principais tratamentos de reprodução humana assistida são:

Inseminação intrauterina

A inseminação intrauterina (ou inseminação artificial) é uma técnica de reprodução assistida em que o sêmen é depositado diretamente na cavidade uterina, de modo a reduzir o caminho percorrido pelos espermatozoides e aumentar as chances de fecundação natural. Esse tratamento para infertilidade é indicado para casos em que há leve alteração no espermograma, distúrbios ovulatórios leves, presença de muco cervical hostil e para alguns casos de endometriose.

Coito programado

Método de reprodução assistida que consiste em monitorar o ciclo menstrual para identificação do momento da ovulação e, consequentemente, dos melhores dias para ter relações sexuais com maiores chances de concepção. O tratamento pode incluir o uso de medicamentos para induzir a ovulação.

Essa técnica também é chamada de “namoro programado”, sendo indicada para casos de problemas ovulatórios, de infertilidade sem causa aparente, de síndrome dos ovários policísticos e de casais com baixa frequência sexual.

Fertilização in vitro (FIV)

A fertilização in vitro é um tratamento de alta complexidade em que os óvulos são fertilizados pelo espermatozoide em ambiente laboratorial, formando um embrião que será cultivado e transferido para o útero da mulher — onde se implantará e dará início à gestação. Essa técnica de reprodução humana é indicada para casos de infertilidade associados à baixa contagem de espermatozoides, endometriose, obstrução das trompas de falópio, problemas ovulatórios e outras condições.

ICSI

Sigla para “injeção intracitoplasmática de espermatozoides”, a ICSI é uma técnica complementar da fertilização in vitro em que o espermatozoide é introduzido diretamente no óvulo — enquanto na FIV clássica a fertilização ocorre em uma placa de Petri. A ICSI é indicada principalmente para casos de infertilidade com fator masculino grave, em que há uma amostra limitada de espermatozoides.

Quando procurar uma clínica de reprodução assistida?

Casais que estão tentando engravidar há um ano ou mais devem procurar uma clínica especializada em reprodução humana assistida para iniciar uma investigação das causas de infertilidade e, de acordo com o quadro identificado pelos médicos, encontrar maneiras de contornar as dificuldades e viabilizar uma gestação. Para mulheres com mais de 35 anos, este período de tentativas cai para 6 meses.

A Pronatus é o maior centro especializado em reprodução assistida da Região Norte do Brasil e conta com uma equipe altamente preparada para oferecer uma experiência acolhedora, segura e humanizada ao casal que deseja ter filhos, mas está enfrentando a infertilidade.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Reprodução Humana;

Clínica Pronatus;

Rede D’Or São Luiz;

Biblioteca Virtual em Saúde.