Injeção intracitoplasmática é uma técnica complementar à fertilização in vitro, em que o espermatozoide é injetado diretamente no óvulo
A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução humana assistida de alta complexidade, em que os óvulos e espermatozoides são coletados e manipulados em ambiente laboratorial para que a fecundação ocorra. Para aumentar as chances de sucesso desse tratamento, existem algumas técnicas complementares que podem ser indicadas em casos específicos de infertilidade.
Uma dessas técnicas é a ICSI, uma alternativa à fertilização clássica da FIV que apresenta uma elevada taxa de sucesso. Isso porque, enquanto na FIV clássica o óvulo e o espermatozoide são colocados em uma placa de Petri para que a fertilização ocorra naturalmente, na ICSI o espermatozoide é inserido diretamente no óvulo. Entenda melhor a seguir!
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O que é ICSI?
A sigla é derivada do termo em inglês intracytoplasmic sperm injection, que pode ser traduzido para injeção intracitoplasmática de espermatozoides. Trata-se de um procedimento que consiste na inserção de um único espermatozoide diretamente no interior do óvulo, fazendo com que o gameta masculino não precise fazer esforço para romper a membrana exterior do óvulo, chamada zona pelúcida.
O objetivo da ICSI é aumentar as chances de sucesso da fertilização in vitro, uma vez que o espermatozoide é previamente selecionado de acordo com sua qualidade e inserido diretamente no óvulo. Com isso, as taxas de sucesso podem chegar a até 40% ou 50%, dependendo das causas de infertilidade do casal.
Em que casos é indicada a ICSI?
A realização da ICSI é indicada principalmente em casos de infertilidade com fator masculino grave ou quando há uma amostra limitada de espermatozoides. A técnica também pode ser realizada nos casos em que há alguma dificuldade para ejacular, uma alteração por vezes enfrentada por pacientes diabéticos e neurológicos.
Além disso, a injeção intracitoplasmática pode ser recomendada nos casos de:
- Oligozoospermia grave, em que há uma redução severa na quantidade de espermatozoides;
- Espermatozoides com anormalidades em sua morfologia;
- Ejaculação retrógrada ou outras condições em que a ejaculação não ocorre normalmente;
- Homens que realizaram vasectomia ou apresentam obstrução no sistema reprodutivo;
- Fertilização realizada com óvulos congelados, em que a zona pelúcida pode acabar endurecida;
- Falhas anteriores em FIV realizada por metodologia clássica;
- Histórico de abortamento de repetição;
- Fragmentação do DNA espermático;
- Endometriose ou presença de problemas obstrutivos nas trompas.
Como funciona a ICSI?
A realização da ICSI é muito semelhante à fertilização in vitro clássica, especialmente nas etapas preparatórias. No início do tratamento, a mulher deve ser submetida a um processo de estimulação ovariana, que é realizado por meio da administração de medicamentos hormonais que promovem o amadurecimento dos folículos.
O crescimento desses folículos é acompanhado por ultrassonografias e, quando atingem o tamanho ideal, é realizada a coleta dos óvulos a partir de um procedimento de punção. Essa etapa é realizada em ambiente cirúrgico, com a paciente sedada, e conta com o auxílio de uma agulha acoplada a um aparelho de ultrassom transvaginal.
No mesmo dia dessa coleta, o homem deve coletar seus espermatozoides por meio de masturbação. Em casos específicos, a obtenção dos espermatozoides pode ser feita a partir de punção testicular. Em seguida, o material é selecionado, de modo a identificar o espermatozoide de melhor qualidade para ser inserido no óvulo.
Por fim, o espermatozoide escolhido é injetado diretamente no óvulo com auxílio de uma agulha microscópica. Na próxima etapa da ICSI, o especialista em reprodução humana assistida acompanhará a evolução e o desenvolvimento do embrião resultante da fecundação. Quando o embrião atinge a fase ideal de implantação, ele é transferido para o útero da paciente.
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Qual a taxa de sucesso da ICSI?
As chances de sucesso do tratamento com ICSI são variáveis, dependendo de diversos fatores, sendo que um dos mais importantes é a idade da mulher. Isso porque a fertilidade, tanto masculina quanto feminina, tende a ser prejudicada com o processo natural de envelhecimento.
Estima-se que o tratamento de fertilização com ICSI realizado em mulheres com 42 anos tenha uma taxa de sucesso de aproximadamente 15%, enquanto a mesma técnica aplicada em pacientes com menos de 30 anos podem chegar a até 50% de chances de sucesso.
Cada caso deve ser avaliado de maneira individualizada, cabendo a um médico especializado em reprodução humana assistida a tarefa de identificar se a injeção intracitoplasmática é a técnica que oferece melhores chances para determinado casal.
Qual a diferença entre FIV e ICSI?
Conforme foi explicado, a ICSI é uma técnica complementar da FIV e pode ser considerada uma evolução de fertilização in vitro tradicional. Muitas etapas de ambos os tratamentos são idênticas, sendo que a diferença fundamental entre as metodologias está na forma como ocorre a fertilização do óvulo pelo espermatozoide: enquanto na FIV clássica a fertilização ocorre em uma placa de Petri para que seu encontro ocorra sozinho, na ICSI o espermatozoide é injetado diretamente no óvulo.
Além disso, a técnica de ICSI utiliza apenas um espermatozoide para o procedimento de fertilização, enquanto a FIV clássica demanda uma quantidade maior de material. Ambos os métodos podem ser muito efetivos, sendo indicados para casos específicos.
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Fontes: