A ovodoação possibilita que mulheres com dificuldades de engravidar, casais homoafetivos e pais solteiros formem suas famílias
A ovodoação é uma técnica de reprodução assistida que consiste na doação de óvulos com o intuito de esse material ser usado por uma mulher que não consegue produzir ou utilizar seus próprios óvulos. Essa técnica surgiu na década de 1980, como uma alternativa para mulheres que apresentavam problemas de fertilidade relacionados aos ovários.
Desde então, a ovodoação vem se tornando cada vez mais popular, sendo realizada em diversos países e com diferentes finalidades. Entenda como é feita essa técnica, quem pode ser uma doadora e quais são as complicações e vantagens desse método.
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Como é feita a ovodoação
A ovodoação é um procedimento complementar à Fertilização In Vitro (FIV) em que os óvulos e espermatozoides são manipulados em ambiente laboratorial para que a fecundação ocorra. Os embriões resultantes desse procedimento são cultivados e escolhidos com base em sua capacidade de se implantarem com sucesso e, posteriormente, transferidos para o útero da mulher.
A doação de óvulos é feita de forma anônima, altruísta e sigilosa, seguindo as normas do Conselho Federal de Medicina. Para a realização da doação, a mulher recebe hormônios que estimulam a produção de óvulos, que são coletados e fertilizados com o sêmen do parceiro da receptora ou de um doador. Já a receptora recebe hormônios para que seu útero se prepare para receber o embrião e o desenvolva corretamente.
Quem pode ser uma doadora?
A doação de óvulos pode ser feita por mulheres que desejam ajudar outras mulheres que não podem engravidar com seus próprios gametas. Além disso, a doadora precisa preencher alguns requisitos. São eles:
- Ter entre 18 e 37 anos;
- Não ter doenças infecciosas ou genéticas;
- Não ter histórico de doenças psiquiátricas ou uso de drogas;
- Ter um índice de massa corporal (IMC) adequado;
- Apresentar boa reserva ovariana.
A doadora deve passar por uma avaliação médica, psicológica e laboratorial antes de iniciar o tratamento. Também é necessário que ela assine um termo de consentimento livre e esclarecido, em que concorda em doar seus óvulos de forma voluntária, sem receber nenhuma compensação financeira ou material.
Existem complicações?
A ovodoação é um método seguro, que não apresenta riscos significativos para a doadora ou para a receptora. Em resumo, os perigos para a receptora são os mesmos associados da Fertilização In Vitro (FIV), em que o embrião fertilizado em ambiente laboratorial pode se desenvolver fora da cavidade uterina — gerando a chamada gravidez ectópica.
Além disso, como são transferidos múltiplos embriões, o risco de gravidez gemelar (dois ou mais fetos no útero) é maior do que em uma gestação natural, saindo com uma taxa que varia de 25% a 30% em mulheres com menos de 35 anos.
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Vantagens da ovodoação
A ovodoação é uma opção que proporciona a chance de gestação quando se esgotam todas as possibilidades de tratamentos com os próprios óvulos, permitindo que casais formados por mulheres com falência ovariana prematura, menopausa ou até mesmo doenças genéticas realizem o sonho de ter um filho.
A técnica também possibilita que casais homoafetivos masculinos e pais solteiros formem suas famílias, com a ajuda de uma cedente temporária do útero, que gesta o embrião doado. Vale destacar, entretanto, que a ovodoação é uma técnica de alta complexidade que requer tecnologias avançadas e profissionais qualificados, sendo fundamental ser acompanhada por um médico especialista.
A Clínica Pronatus, é especializada em reprodução assistida e conta com médicos focados em tratamentos de infertilidade.
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Fontes: